segunda-feira, 10 de março de 2008

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Foto: © AFP

Zapatero venceu. Obviamente que, na prática, em Portugal isso é indiferente, porque contrariamente ao que muita gente desejava (mais por níquel do que por outra coisa) Portugal não é Espanha e é improvável que venha algum dia a ser. Contudo, sob o ponto de vista simbólico, é uma vitória de todos aqueles que se bateram pela igualdade em Espanha.
Zapatero, que foi primeiro-ministro por um golpe de sorte (após os atentados de 11 de Março em Madrid), trouxe a Espanha uma revolução social e demonstrou que é também através da promoção das liberdades, da igualdade entre os cidadãos e da diversidade que se constrói o desenvolvimento de um país, e que estes são elementos tão ou mais importantes para o seu desenvolvimento económico.
Todas estas transformações vão funcionar, a médio prazo, como catalisadores noutros países, não haja dúvida. É esse o caminho que se traça nos países desenvolvidos. Contudo, uma coisa é a realidade no papel e outra diferente é a realidade nas ruas e nas casas das pessoas. A discriminação de homossexuais deve continuar a ser combatida, porque ela ocorre ainda, pelas razões mais reles e mais absurdas. Se lá é assim, o que não será por cá? Terá que ser também ao nível dos cidadãos que esse ambiente de respeito e de tolerância que todos desejamos se persegue. Onde há ódio é urgente impor o respeito, onde há violência é preciso haver tolerância, onde há discriminação urge haver igualdade. Respeito, tolerância e igualdade, não é essa uma tríade que traduz desenvolvimento social?

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