quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Regresso

Bem sei, bem sei. Meio ano é muito tempo. Mas o importante não são as ausências. São os regressos. «Há tempo para tudo. Tem que haver.» pensei para mim mesmo. E não podia estar mais certo. Este blogue não precisa de muito tempo, mas de muita força. Eis o porquê do seu (do meu, o blogue não se mexeu daqui) regresso.
A primeiríssima coisa foi acabar com a Cbox. Agradeço os milhares de visitas diárias de terras de Vera Cruz, mas as salas de chat devem ser mais divertidas do que uma reles caixa de comentários. Contudo podem continuar a visitar o blogue e a comentá-lo se quiserem.

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Nestes últimos meses falou-se de muita coisa no que toca aos direitos dos homossexuais. Depois de a Assembleia da República ter chumbado uma proposta para legalizar os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo em Portugal, eis que surge o líder do PS a propôr na moção que apresentará ao Congresso, a legalização dos casamentos e das adopções. A Igreja Católica prometeu «uma reacção». A mim irrita-me um pouco a mania que a Igreja Católica tem de reagir a coisas que não são, nem de perto nem de longe, do foro da religião. Mas Portugal terá que aprender a meter os padres no seu lugar e eles terão que aceitar o seu único papel: o de evangelizar (seja lá o que isso for). Já a Opus Gay veio dizer pela voz de António Serzedelo que «por agora as adpoções teriam um efeito contraproducente». Como de costume cada um puxa a corda para o seu lado sem que se consiga criar uma voz relativamente unânime de suporte a uma causa que diz respeito a todos (sim, mesmo a TODOS). No dia em que a liberdade de escolha for uma realidade - e quero acreditar que esse dia não está assim tão longe como isso - qualquer cidadão poderá em liberdade decidir sobre a sua vida sem que o Estado ou a Igreja possam proibi-los de dedo espetado de serem dignos. Porque poder escolher é o mais básico dos instrumentos para sermos dignos Não falo sequer em sermos felizes, como a citação que uso no fim deste post. Não é isso que está em causa nem nunca foi. Felizes somos e seremos com ou sem casamento. Na realidade, não sei se seremos mais felizes com casamento, mas sem dúvida seremos todos mais dignos: seremos todos iguais. Além do mais, nunca percebi que raio de sono as pessoas têm para que não durmam só de pensarem que dois homens ou duas mulheres possam assinar um contrato de casamento. Há gente que não tem mesmo vida própria, não há??

«Não estamos a legislar para gentes remotas e estranhas. Estamos a ampliar as
oportunidades de felicidade dos nossos vizinhos, dos nossos colegas de trabalho, dos nossos
amigos e das nossas famílias e, ao mesmo tempo, estamos a construir um país mais decente.
Porque uma sociedade decente é aquela que não humilha os seus membros»

José Luiz Zapatero

2 comentários:

João Roque disse...

Acima de tudo quero saudar o teu regresso!!!
Abraço.

paulo disse...

também quero saudar o teu regresso que já não imaginava ser possível. de facto, importam mesmo os regressos! bom regresso! e, acima de tudo, seremos de facto muito mais iguais e, parece-me, isso só poderá ajudar a sociedade toda a evoluir. esperemos que resulte. a ver vamos!


abraço